5.10. Citações
Uma citação é constituída por:
Para tratar as citações, a tipografia oferece vários processos: utilização de um corpo de texto mais pequeno, aspas ou travessões:
Se faltar uma palavra ou uma parte da citação no corpo do texto, substituir-se-ão por reticências.
Se for suprimido um parágrafo completo, este será substituído por reticências dentro de parênteses retos entre um espaço de duas linhas brancas:
«Xxxxxxxx xxxxxx xxx xxxxx.
[…]
Xxxx xxxx xxxxxxxxx xxx.»
Pontuação nas citações
Reticências e parênteses retos
As reticências substituem parte de um texto omitido numa citação; neste caso, as reticências usam-se entre parênteses retos, precedidos de um espaço normal:
«O Conselho pretendia tomar certas medidas […]; finalmente, desistiu da ideia»
Esta fórmula também é utilizada para evitar confusões com as reticências usadas pelo próprio autor, como ilustra esta passagem de Fernando Pessoa:
«[…] Sim, sim… É a minha vez de pedir perdão… Mas olhe que eu […] tinha dito uma coisa justa… Mudemos de assunto… Que tarde que é sempre! Não se torne a zangar… […]»
Os parênteses retos são também utilizados para evidenciar uma intervenção do autor num texto que não seja da sua autoria:
«O Conselho pretendia [pretende] tomar certas medidas…»
«A Comissão propôs [propõe] … um regulamento relativo…»
«O Conselho pretendia tomar certas medidas … finalmente, desistiu da ideia»
«Chegaria pouco depois … Tudo havia acabado …»
«A Comissão propôs … um regulamento relativo … à igualdade de oportunidades …»
Citações entre aspas (aspas, dois-pontos, ponto final)
Quando a citação é a continuação da frase inicial, devem evitar-se os dois-pontos e o ponto final coloca-se depois das aspas (a pontuação respeita a continuação lógica da frase). Esta regra também se aplica se a parte citada entre aspas for salientada por arranjo gráfico:
No processo em questão, o Tribunal declarou que «a existência de uma posição dominante […] é mais que provável».
No processo em questão, o Tribunal declarou que
«a existência de uma posição dominante […] é mais que provável».
Quando a citação é precedida de dois-pontos, começa com maiúscula e o ponto final vem antes das aspas. Esta regra também se aplica se a parte citada entre aspas constituir um novo parágrafo:
No processo em questão, o Tribunal declarou: «A existência de uma posição dominante […] é mais que provável.»
No processo em questão, o Tribunal declarou:
«A existência de uma posição dominante […] é mais que provável.»
Se houver uma chamada de nota depois da citação, o ponto final coloca-se sempre depois da chamada:
No processo em questão, o Tribunal declarou: «A existência de uma posição dominante […] é mais que provável» (1).
No processo em questão, o Tribunal declarou «que a existência de uma posição dominante […] é mais que provável» (1).
Na citação das partes introdutórias de atos («Tendo em conta», «Considerando»), a pontuação original é transcrita como fazendo parte da citação:
O último considerando passa a ter a seguinte redação: «(3) O Acordo deverá ser assinado e aprovado,».